Introdução à teoria pós-tonal.

Bem-vindos!

Esta página que está em constante manutenção contém informações sobre tópicos em teoria pós-tonal. O conteúdo de teoria dos conjuntos de classes de notas objetiva apresentar os conceitos e definições, demonstrados com exemplos simples, para sua aplicação em análise musical de repertório pós-tonal bem como auxiliar em processos compositivos. O conteúdo sobre o espaço atonal de encadeamentos visa oferecer dados para uso em análise e principalmente na geração de material pré-compositivo.

Atenção

O texto deste material foi traduzido, compilado, adaptado ou resumido da quarta edição do livro Introduction to Post-Tonal Theory de Joseph N. Straus. O autor gentilmente autorizou o uso de seu texto que está aqui disponível gratuitamente. Então, por favor, se citar algum trecho do texto, insira a seguinte referência:
Straus, Joseph Nathan. Introduction to Post-Tonal Theory. 4a. ed. New York: W. W. Norton, 2016. Tradução: Ricardo Mazzini Bordini. Disponível em: https://musica.ufma.br/proj_ext/tpt/tpt.html. Acesso em: [colocar a data do aceso no seguinte formato: 10 mar. 2024].

Os tópicos seguem a mesma estrutura do livro. Recomenda-se estudar na sequência indicada mais adiante. Os exemplos explicativos são de Straus, mas os exemplos musicais são próprios para evitar violação de direitos autorais de terceiros. Todo o conteúdo da divisória esquerda é oriundo de Straus e está comentado entre colchetes quando necesário. O conteúdo da divisória direita é próprio, substituindo os exemplos de Straus que são extraídos da literatura de referência.

Recomenda-se fazer exercícios, análises e composições usando como auxiliar a suíte de aplicativos Zarlino, desenvolvida pelo Prof. Marcos da Silva Sampaio. As principais operações necessárias para o estudo estão disponíveis lá, bem como um guia para utilização de suas funções.

Bons estudos!

Teoria dos conjuntos de classes de notas.

Antes de começar é bom mencionar, ainda que muito superficialmente, algumas generalidades e autores relacionados ao surgimento dessa teoria e em particular seus divulgadores no Brasil e mais especificamente na Bahia.

  • Teoria dos Conjuntos (George Cantor, considerado fundador, década de 1870) e matemática (caráter científico);
  • Necessidade de novas ferramentas para analisar e entender a música pós-tonal (depois da dissolução da tonalidade);
  • Música serial (uma série dodecafônica permite 479.001.600 possibilidades): Schoenberg (uso de séries desde 1921 e anunciada em 1923) e Hauer (tropes de 1919 "lei das doze notas" e anunciada em 1923);
  • Considerada a primeira peça dodecafônica (???) de Schoenberg: Op. 25, suíte para piano; primeira composição de Hauer: Nomos, Op. 19, também para piano;
  • Sistemas de numeração de séries (1a. nota da série recebe número de posição 1 (europeus); 1a. nota posição 0 (americanos); a série que começa com dó recebe índice 0 (atual);
  • Teóricos e compositores (Perspectives of Contemporary Music Theory);
  • Babbitt (1960, 1a. vez usa: pitch-class set), Lewin (pentacordes: relação-Z), Martino (agregados, vetor intervalar) e Rothgeb; posteriormente Morris e Cohn; mais recentemente Timocsko (geometria da música).

Formuladores.

  • George Perle: Serial Composition and Atonality (1. ed. 1962; 6a. ed. (revisada) 1991);
  • Allen Forte: The Structure of Atonal Music (sistematização da teoria, classificação e denominação das classes de conjuntos) (1a. ed. 1977) e;
  • John Rahn: Basic Atonal Theory (1a. ed. 1980);
  • Livro-texto: Joseph N. Straus: Introduction to Post-Tonal Theory (1a. ed. 1990, 2a. ed. 2000, 3a. ed. 2005, traduzida para o português com correções, 4a. ed. 2016).

Precursores no Brasil, particularmente na Bahia.

  • Ilza Nogueira: aplicação em análise, composição e pioneira na divulgação da teoria;
  • Ma. Lúcia Pascoal: ensino da teoria e orientações de trabalhos relacionados;
  • Adriana Lopes Moreira: aplicação em análise, ensino;
  • Rodolfo Coelho de Souza: ensino, publicações, aplicações;
  • Jamary Oliveira: Ensino e programação de aplicativos como o Processador de Classes de Notas;
  • Ricardo Mazzini Bordini: aplicação em análise, composição, ensino e tradução da 3a. ed. do livro de Straus;
  • Alexandre Espinheira: aplicação em análise e composição (Guia de sugestões compositivas);
  • Marcos da Silva Sampaio: criação de aplicativos para aplicação da teoria em análise e composição integrados na suíte de aplicativos denominada Zarlino.