Classificações para os Métodos Analíticos

• Divisão amplamente aceita (divisão pragmática mas teoricamente desnecessária):
• Análise estitlística
• Análise de obra individual

• Erpf (MGG) [1949-51]
• Análise Construcional
• Análise Psicológica
• Análise de Expressão

• Meyer [1967] (semelhante à de Erpf) - Visões do significado musical:
• Formal: relações entre unidades estruturais que constituem um evento musical - simetria, equilíbrio, proporção - essencialmente estática
• Cinética-sintática: música como processo dinâmico - tensão e repouso, instabilidade e estabilidade, ambiguidade e clareza
• Referencial: descrevendo conceitos, ações e paixões da experiência extra-musical real

• Classificação de Valores Musicais em:
• Autônomos: música sendo entendida e apreciada seja lá como for
• Heterônomos: manifestação parcial de alguma força ou princípio cósmicos ou meio de comunicação entre os homens

• Dahlhaus [Riemann L12, 1967]
• Análise formal: explica a estrutura de uma obra em termos de funções e relações entre seções e elementos
• Interpretação energética: movimento de frases ou lapsos de tensão
• Análise Gestalt: trata as obras como todos
  (estas três primeiras são análise propriamente ditas, distintas da quarta)
• Hermenêutica: interpretação da música em termos de estados emocionais ou significados externos
  [As primeira, segunda e quarta correspondem aproximadamente às três categorias de Erpf e Meyer; a quarta é baseada na idéia de organismo]
  [Dificuldade: estas categorias não são exclusivas, algumas análises podem pertencer a mais de uma categoria simultaneamente]

• Uma Tipologia da Análise Musical (Bent) deve incluir:
• Eixos principais:
• ponto de vista do analísta sobre a natureza e a função da música
• sua abordagem à substância de fato da música
• seu método de operar sobre a música
• meio de apresentação de suas descobertas
• Eixos secundários:
• o propósito para o qual a análise foi feita
• o contexto em que foi apresentada
• o tipo de receptor [recipient] para o qual foi projetada

• Detalhando:
1. Sob as abordagens à substância da música haveriam categorias em que uma peça de música é:
1. uma 'estrutura', uma rede íntima de relações, mais do que a soma de suas partes
2. uma concatenação de unidades estruturais
3. um campo de dados em que padrões podem ser vistos
4. um processo linear
5. uma cadeia de símbolos ou valores emocionais
   [Estas categorias não são exclusivas; mais de uma podem coexistir]
2. Sob métodos de operar
1. técnicas de redução
2. comparação e reconhecimento de identidade
3. segmentação em unidades estruturais
4. busca por regras de sintaxe
5. contagem de características
6. compreensão [reading-off] e interpretação de elementos expressivos, imagens, simbolismo
3. Sob mídia de apresentação
1. partitura anotada ou redução ou linha de continuidade
2. partitura "explodida", trazendo elementos relacionados juntos
3. lista ou 'léxico' de unidades musicais, provavelmente acompanhadas de algum tipo de 'sintaxe' descrevendo seus desdobramentos
4. gráficos de redução, mostrando relações estruturais ocultas
5. descrição verbal, usando terminologia formal estrita, metáforas poéticas imaginativas, programa sugerido ou interpretação simbólica
6. reapresentação em fórmulas [formulaic] da estrutura em termos de símbolos-letras e -números
7. exibição gráfica: formas de contorno, diagramas, gráficos, símbolos visuais para elementos musicais específicos
8. tabelas ou gráficos estatísticos
9. partitura sonora, em fita ou disco, ou execução ao vivo
   [Tais mídias podem ser usadas juntas em uma análise, e elementos de duas ou mais podem ser combinados.]